sábado, 30 de maio de 2009

Há sempre algo mais em volta de uma cerveja

Assim que cheguei em Paris e caminhei para pegar o metrô com a Mila, ela disse: "Babi, preciso te ensinar uma coisa muito importante: para entrar ou sair dos vagões do metrô, empurra a galera e diga 'pardon' " - ahaha, é indelicado, mas é verdadeiro! Após quatro dias por lá, ter aprendido a me comportar dessa maneira, me permitiu tomar menos socos e ponta-pés nos entra-e-sai das estações e, ainda, me preparou para a viagem de trem Paris-Amsterdã.

Já em Amsterdã, vale ir ao museu da Heineken, porque é como você gostar de vinhos e poder visitar uma vinícola na Argentina, Chile, Itália, França ou afins. E eu adoro cerveja! Sempre gostei de Heineken e é uma das marcas que me interesso em saber mais, afinal, diferentemente do Brasil, as cervejas Européias que têm abrangência mais global, como esta e a Becks (InBev), trazem uma perspicácia no posicionamento, a começar pelo investimento. E o museu é assim. Do rústico ao moderno, do familiar ao corporativo. Traz uma simulação super interativa sobre o processo de fermentação da cevada. Didático e atrativo: uma real experimentação de marca, para quem gosta, é uma aula e tanto!

Mas Amsterdã foi ainda a continuação de encontros importantes para mim neste momento de vida: saí de Paris após ser recebida pela Mila. A Milinha é de Porto Alegre, tchê, e morou comigo em São Paulo. A Lora, holandesa que me recebeu na cidade das casas-barco, foi para São Paulo e também morou conosco. Uma irmã. Amiga engraçada, profissional stressada - mais do que eu, acredite, existe! - e uma européia que tem América Latina na veia e Brasil no brilho dos olhos. Vai fazer diferença por aí também.

Juntando esta seqüência de relembrar o ano de 2007-2008, o que fazíamos, o que vivemos e onde estávamos - eu na Líbia, Milinha em Paris e Lora em Amsterdã - me veio de encontro, ainda, a Lieske. A Lieske também é holandesa, mas essa é só holandesa; de mente, corpo, coração e espírito. E trabalhou comigo em São Paulo, por um mês, em um Projeto específico. Depois, ela percorreu o Brasil de uma forma que pouquíssimo, para não dizer nenhum, brasileiro deve ter feito.
Tomando uma Heineken, conversamos sobre as impressões dela e de uma certeza de que nos visitaria por lá um dia, mas não moraria: "me sinto insegura o tempo todo, sempre acho que algo de ruim pode acontecer. É visível que 'sou gringa' ".

Chato isso de que me sinto segura nestes outros lugares e minha base talvez não passe o mesmo conforto para pessoas importantes para mim. Naquele momento, gostei muito de viver novas perspectivas e de saber de coisas a mim muito comuns, sob outros olhares, sentidos e imagens. Tenho outro Brasil em mente. Ao final do dia, fomos ao Museu Van Gogh, muito bonito e, sendo Van Gogh, são pinturas que trazem uma leitura diferente. A exposição era "The Colours of Night" e, de novo, cheio e com crianças e pessoas interessadas.

Depois, andei de bicicleta pelos canais, pelos canteiros de tulipas, pelos cafés, por toda aquela gente - a Holanda tem mais bicicleta do que pessoas - e... pof: bati em um careca!, haha, o maluco me xingou de tudo quanto é nome, eu acho, e só me restava dizer "Pardon", mas não foi o suficiente. Só depois de uns três minutos foi que a Lora, lá na frente, olhou para trás e me viu "agarrada" no pneu traseiro do careca e começou a rir. Aí eu gritei: "Lora, onde é o freio?". Ela "No pé, Babi, no pé: pedala para trás que freia", hahahaha. OK, não aconteceu nada com a bicicleta emprestadada vizinha, já a do careca... hahaha.

Amsterdã é isso, mas só vale se for para andar de bicicleta e, se for dirigir, não beba!

2 comentários:

Diógenes disse...

hahahahahaha "pedala pra trás" :)
Aproveita!!!!

Bjs!

Teca disse...

hihihihi... ficou marca de pneu na careca do cara???

*Não adesão à nova regra gramatical.