quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Se a moda é falar de crise...

Crise. [cri.sesf (gr krísis) 1 Med Momento decisivo em uma doença, quando toma o rumo da melhora ou do desenlace fatal. 2 Med Alteração súbita, comumente para melhora, no curso de uma doença aguda. 3 Momento crítico ou decisivo. 4 Situação aflitiva. 5 fig Conjuntura perigosa, situação anormal e grave. 6 Momento grave, decisivo. 7 Polít Situação de um governo que se defronta com sérias dificuldades para se manter no poder. C. anafilactóide: estado mórbido cujos sintomas se assemelham aos da anafilaxia, e que é causado por coloidoclasia. C. coloidoclástica: o mesmo que coloidoclasia. C. de nervos: ataque de nervos. C. de trabalho: complicação ou embaraço nas relações sociais decorrente da falta de serviços em que se empregam as classes menos abastadas].
Michelis

Há dez dias eu procurava inspiração para escrever por aqui, mas como nada de muito extraordinário aconteceu ao ponto de compartilhar publicamente, resolvi falar de crise, afinal, nos telejornais, revistas, jornais, rádios e até em programas que deveriam ser de entretenimento não há pauta para outro assunto. Enfim, estou na moda. O post é sobre a crise, ou, algo que a circunde.
Dentre as coisas que li, três me chamaram muito a atenção. A primeira foi um artigo vindo de um publicitário, veiculado pelo grupo dos membros do Pioneers of Change. Recebi o email com o cálculo que dizia que com 40 bilhões de dólares os países "ricos" resolveriam a questão da fome no mundo ou, que fosse três vezes mais, 120 bilhões. Mas, ironicamente,em duas semanas, estes mesmos países levantaram 2.2trilhões de dólares para "para salvar da fome quem já estava de barriga cheia".
O absurdo, ao meu ver, vai ao dia-dia desses líderes: os executivos da GM, por exemplo, que mendigaramm por moedas, foram pedi-las de jatos executivos, com custo milionário por cada reunião cujo objetivo era estender a mão, com cara de faminto.
O segundo texto foi de um artigo no blog Crise e Comunicação, desenvolvido pela LVBA Comunicação, "Não fale em crise, trabalhe". Essa me deu vontade de entrar na tela do computador e dar abraço no autor e dizer, "obrigada", alguém deste meio (comunicação) sensato e, por favor, retransmitam o recado. E, não vou me prolongar por aqui, o título dele resume por si só o que devemos fazer nesta "Era" - bom, mas também, o texto é de Paulo Nassar, dispensa-me mesmo comentários.
O terceiro texto foi do Professor Francisco Gracioso, na Época Negócios deste mês, que justifica o porquê de continuarmos a anunciar na "crise", pontuando o benefício do investimento em marketing e publicidade, principalmente nestes momentos em que somente os visionários enxergam oportunidade.
Vejam, portanto, três experts de comunicação falando sobre o tema, usando de fontes diferenciadas, para enfatizarem algo que não ficou muito claro e que, a meu ver, poderia se resumir em publicidade mesmo, se não fosse tão simplista.
E, conectem os pontos: Change = mudança, como sugere o nome do veiculador do primeiro texto. E, para mim, difusão de idéias em massa para atuação positiva = publicidade social.
Pergunta: E se ao invés dessas idéias ficarem retidas a blogs informais, lista de emails entre amigos e burocratas do trabalho fossem levadas pelas agências de publicidade e atribuídas pelas empresas-clientes que, principalmente, se dizem diretamente atingidas pela crise, fossem modificadas em transformação social, trabalhando a educação nas pessoas, de modo que estas não se deixassem levar tão seriamente pelo negativismo espetacularizado pelos (tele)jornais?
A gente pode mudar o mundo, se a gente mudar a mente das pessoas, para que estas sejam convertidas a algo positivo, à energia e à ação, e não só à fala ou ao pensamento. Aliás, a IBM já propõe isso, ou não?! Ela está em crise?

2 comentários:

Unknown disse...

Nó!
Foda vc...sempre!
E que o seu próximo ano seja assim, como vc...
Li

Dona Zefa disse...

Certa vez, questionado sobre a crise, o Marção, lavador de carros que mora na minha rua há mais de 30 anos, proferiu os seguintes dizeres:

"Crise? Que crise? Faz mais de 30 anos que moro aqui na rua e nunca vi crise alguma. Por aqui continua tudo igual!"

*Não adesão à nova regra gramatical.