sábado, 5 de dezembro de 2009

Sim. Ela é Bella

Sacrifício [1 Ação ou efeito de sacrificar. 2 Oferenda de animal, produto da colheita ou de qualquer coisa de valor, feita a uma divindade para lhe tributar homenagens, ou para reconhecimento do seu poder, ou ainda para lhe aplacar a cólera. 3 A pessoa ou coisa sacrificada. 4 Renúncia voluntária a um bem ou a um direito. 5 Ato de abnegação, inspirado por um veemente sentimento de amizade ou de amor. 6 Privação, voluntária ou involuntária, de uma coisa digna de apreço e estima. 7 Risco em que se põem os próprios interesses para interesse de alguém ou de alguma coisa (...)].
Michaelis

Não comprei nada para o meu menino. Não acho que ajudaria ou acrescentaria com foco na procedência dos presentes. Mesmo que não seja suficiente, prefiro pesar pela importância da representatividade e não propriamente dos objetos em si. E, na verdade, não vi nada por lá que me fizesse brilhar os olhos e dizer "vou levar". Se pudesse, levaria mesmo algumas pinturas, algumas especiarias e (re)distribuiria a emoção de ouvir ao Papa dali da janela do Vaticano: Praticamente o sopro da paz!

Ainda, enfatizaria que Shakespeare estava mesmo certo!, porque existe algo de muito misterioso entre o céu e a terra!; afinal, os quatro dias de andanças pelas longas, largas, curtas e estreitas ruas de Roma e Florença foram possíveis pelo Eid al-Adha, a Festa do Sacrifício, celebrado pelos muçulmanos em memória da disposição do profeta Ibrahim (Abrãao) em sacrificar o seu filho Ismail conforme a vontade de Deus.
Isso não aconteceu e um carneiro foi pôsto no lugar do filho e a carne deste foi distribuída entre os membros da comunidade à época.
Assim, estes (três/quatro) dias seguem tão importantes quanto aqueles que finalizam o Ramadã, com a ênfase para a quantidade de carneiro sendo sacrificado nas ruas, para que as famílias estejam reunidas em volta de um momento religiosamente sagrado e único.

Saí da Líbia neste contexto e horas depois eu comia bacon em algumas das cantinas charmosas das ruas entupidas de folhas secas: Ah Macarrone al Carbonara!Tomava café, depois do vinho, antes da cerveja. Sopas. Pastas. Carnes. Segui andando, pecando - pela gula - e rezando. Chocolates!

O Vaticano é gigantesco. É a imposição de um poder divino mesmo. No Domingo, em que pudemos estar presente na fala do Papa, tive a impressão de estar no meio do mundo. Exatamente ali. Com todas as nacionalidades. Como se o mundo todo fosse católico e só houvesse aquilo ali. Aquele momento. O instante em que ele apareceu na janela e foi aplaudido. O minuto em que desejou um dia de paz para todos e em coro fez o Amém mais harmônico que se pudesse planejar. Arrepiante. Belo. Belissimo! Talvez uma obra de arte não imaginada nem mesmo pelo genioso e abençoado Michelângelo, quem tentamos visitar na ida a Florença, repleta de espetáculos naturais e humanas, como no caso da Igreja Duomo.

Agora sim, posso dizer que conheci a Itália!

Absurdo também em Roma, de forma diferente, é o Coliseu. Entre as andanças você se depara com o que é, para mim, até hoje, a melhor imagem de um museu a céu aberto. Todas aquelas pedras, aquelas terras prensadas e todo aquele tempo reunido. Numa dessas, a gente respira, bate a foto, e continua, por todas as fontanas, de Trevi e das Quatro, e cantinas pelo caminho.

Uma coisa que deixou a desejar foi o espírito natalino! Irônico de novo! Tanto Cristianismo e nada de luzes, árvores ou Papai Noel de enfeites. Achei meio triste. Adoro luzes e cor! Traz alegria!
Deixarei então para vê-las no Brasil, para onde embarco em breve. Mais uma viagem e uma oportunidade de ver e rever pessoas e continuar experimentando, porque nenhuma ida é igual ao que foi: "Viajar compensa qualquer custo ou sacrifício*".


*Despertar de Uma Nova Consciência, Eckhart Tolle

Um comentário:

Marcelinho disse...

Bello post hein...o Vaticano é mesmo algo inexplicável, independente do que cremos ou não. E depois, Brasil hein fofa!!! Ah vontade...aproveite o verão por mim e vá se planejando para a Costa Rica hein, por favor! Bjs

*Não adesão à nova regra gramatical.