terça-feira, 9 de outubro de 2012

Histórias de Empreendedorismo*


*Este texto foi publicado por Sustentabilidade na Empresa, em 08/Out/2012.
Há quase quatro anos, a dúvida sobre a palavra “empreendedorismo” surgiu em mim, pela primeira vez. Olhei no dicionário e deixei passar, prumando minha carreira para a linha (quase) tradicional do mundo corporativo. Três anos depois, acabei interrompendo, ou suspendendo por um tempo não determinado, este rumo escolhido.
Conectando os pontos e os anos, decidi compartilhar este momento de dúvidas e encontrei pessoas com uma linha de pensamento similar e com uma vivência parecida:experimentar a sensação trazida por uma força de ansiar por algo que muitas vezes não tinha nome, mas estava quase sempre ligada a “resolver algum problema”, que raramente se soube exatamente qual era.
Comumente dentro deste cenário novo, tentando me orientar para um lado mais pragmático e entender de fato o que aquele desconforto queria realmente dizer, aceitei um convite desafiador de trazer para o Brasil uma iniciativa (norte) Americana que ousa ser global: um evento de cinco dias que objetiva conectar ideias a alguns milhões de dinheiros – isso mesmo – seja lá qual for a moeda. Basicamente fazer movimentar o que está parado e criar a ponte para extremidades que não se alcançam, ou que estão próximas mas não se enxergam.
Tornando-me a cabeça e o coração do negócio no Brasil, optei por começar a prospecção do evento por pessoas que fazem do extraordinário o seu dia-a-dia, que são ativas e realizam o incomum, que aprenderam a não temer o medo e a buscar um mínimo de foco de luz para que a escuridão não embace uma parte importante da inspiração que vez ou outra carece de um recurso que vai pr’além do campo das ideias e da vontade de inovar. Dispus-me a ouvir histórias de desconhecidos por muitos, mas que mexem com dezenas – até centenas – de milhões de pessoas diariamente. Impactam. Mudam. Reinventam. Transformam. Causam novos desconfortos. Interagem. Provocam. São e deixam de ser, dentro daquilo que se propõem a fazer. Dão perspectiva.
Em poucos meses, histórias que trazem um propósito foram reunidas para serem apresentadas, cada uma a sua maneira, cada qual com seu gargalo, durante o Entrepreneur Week, entre os dias 22 a 26 de Outubro, no Rio de Janeiro. Durante esta semana, empreendedores e investidores terão a oportunidade de discutir o porquê do Brasil ainda não ser a potência econômica com transformação social que pode e se movimenta para ser. E, sobretudo, porque o Brasil pode ser um modelo a ser seguido em várias frentes, seja no setor público, através de iniciativas governamentais para motivar a capacidade criativa de tecnologia & inovação, como acontece na própria capital fluminense, que tem apoio do Secretário Pedro Peracio; seja em comunidades de baixa renda, em que plataformas de educação virtual podem ser utilizadas para alavancar o conhecimento, como proporciona o QMágico; ou seja por meio de fomentos de investimento e noções de marketing e comunicação digital, como vai ser exposto pela Resultados Digitais , youPix, Proxxima e tantos outros.
É motivador, energizante e por que não esperançoso, conhecer empreendedores que articulam idéias e implementam ações integradas ao princípio de servir às pessoas, impactando positivamente a sociedade na qual estão inseridas, assumindo o papel ativo de transformação destes “novos tempos” e indo além do assistir ao espetáculo contribuinte da vida desafiada em não só prosperar, mas perpetuar – e ecoar. Não é fácil. O processo é árduo. Mas a recompensa é prazerosa e, sobretudo, coletiva.
Bárbara Teles é jornalista e nos últimos 4 anos trabalhou com recursos humanos para uma empresa brasileira, com atuação internacional. Após vivência corporativa em diversos países e região norte-nordeste do Brasil, decidiu entrar para o mundo do empreendedorismo. Atualmente é curadora e organizadora do Entrepreneur Week, que vai acontecer pela primeira vez no Brasil, no Rio de Janeiro, em outubro.

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*Não adesão à nova regra gramatical.