Tenho conhecido várias organizações através do meu atual trabalho e, sobretudo, tentado enxergar de fato as pessoas que estão "por trás delas". Tenho admirado e me surpreendido positivamente que realmente existem pessoas que buscam, na prática, fazer diferente e melhor.
Não me interessa entrar na seara da "falsidade corporativa", das pessoas que pretendem ser o que não são, das máscaras que não caem. Me interessa o brilho nos olhos, a força da voz, mesmo suave; a crença, a tentativa de identificar uma causa para agir com propósito, com coerência. Tenho me motivado em conhecer pessoas que mudam, mesmo que a longo prazo. Que não desistem, mas também não se apegam. Que correm riscos, contribuem, colaboram e agregam.
Não me interessa entrar na seara da "falsidade corporativa", das pessoas que pretendem ser o que não são, das máscaras que não caem. Me interessa o brilho nos olhos, a força da voz, mesmo suave; a crença, a tentativa de identificar uma causa para agir com propósito, com coerência. Tenho me motivado em conhecer pessoas que mudam, mesmo que a longo prazo. Que não desistem, mas também não se apegam. Que correm riscos, contribuem, colaboram e agregam.
Estes dias, numa dessas reuniões inspiradoras em que você arrepia a cada dois minutos de troca de possibilidades, na busca de soluções para todos, um executivo de uma multi-nacional, que gerencia os negócios dentro do mercado da América Latina, falou do conceito de "ser realizado" na vida, de como os jovens estão assumindo as escolhas hoje e de como isso de fato interfere nas pessoas que se tornarão, n'algum momento.
E aí, e eu juro que estávamos falando de negócios, ele diz "Você precisa ser feliz para ter sucesso". Naquele segundo, achei que ia cair para trás. Tremi. Ri. Bebi água, mas meu copo já estava vazio. Achei bonito e verdadeiro. Me deu o estalo da simplicidade. Me lembrei de pessoas que estão já há algum tempo insatisfeitas, mas não se movem e se permitem ser infelizes, culpando "o outro", mas acreditando que estão no caminho do sucesso - porque "os fins justificam os meios". Entendi a incoerência, coerente. Pensei em mim mesma e em meus múltiplos momentos, num só tempo, e entendi que buscamos, talvez "pela primeira vez", ser antes do ter; mesmo. E que se a busca do ter estiver desassociada do ser, não faz sentido, não traduz em significado.
Para não colocar a fonte deste recente feixe de luz, fico com uma do Steve Jobs, que pondera sobre a mesma perspectiva dessa busca por lugares e relacionamentos, que se encontram em forma de vida: "(...) A única maneira de fazer um ótimo trabalho é fazendo o que você ama fazer. Se você ainda não encontrou, continue procurando. Não se acomode. Assim como com as coisas do coração, você saberá quando encontrar".