segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Não foi na Copa, mas poderia ter sido

Conversa no salão, peguei pela metade, mas "só sei que foi assim":

[A manicure]: 'Cê num tem esse aplicativo?
[A cliente]: Não.
- Menina, é ótimo!
- Chegando em casa vou pedir para minha filha baixar.
- Que nada. Vê aí ó. É facin
- Hm.
- Entra no pré-istori.
- Como? Pré-história?
- Isso.
- Uai, mas o meu não tem isso. Tem que baixar também?
- Hm [pára de cutucar a unha]; deixa eu ver. Vira pra mim seu celular.
[A cliente vira].
- Ixi. Embananô. Agora também não sei onde o seu. É diferente do meu.
- Ah, pode deixar. Depois peço para minha filha.
- Ah, que pena. Ele é ótimo! Você tem esse joguinho e muitas outras coisas.
- Interessante, não conhecia.
[Silêncio no salão, aos sons dos secadores e do mi-mi-mi].

Passa o tempo, a cliente vai embora. Eu continuo sentada na minha cadeira.

[Outra manicure]: Ô Érica! O que você tava querendo falar pra Dona não era play-store não?
[Todas riem e Érica gargalha].
- Gente menina! ' lembrou e não falou nada?
- [rindo muito] Mas Érica, como ia te corrigir na frente dela? 
- Não é corrigir, é explicar melhor o prey-stóri.


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*Não adesão à nova regra gramatical.