domingo, 14 de junho de 2015

Obrigada por me amarem no meu pior. Porque no meu melhor é fácil.

Leia ouvindo - Oração.
A Banda Mais Bonita da Cidade

"(...) Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois (...)".

São oito anos "fora de casa". Difícil dizer de outra forma, vai. Vamos lá: são oito anos fora de BH #prontoFalei.
Da primeira vez, em São Paulo, morei com 15 pessoas, depois com sete, depois com 22, chegando a 30? Meninos e meninas. Homens e mulheres. De Norte a Sul do Brasil. De Leste a Oeste do mundo!
Depois fui para a Líbia: Primeiro mês em hotel, "sozinha", depois com a chefe, que virou amiga, que virou referência, que se tornou uma das melhores amigas do mundoDepois dividi momentos no apê debaixo, com mais três: uma se transformou na mãe, as outras duas em irmãs - para toda a vida, Amém. Ainda na Líbia, nova república (não do país, da moradia); eu e mais quatro. Três brasileiras, uma Mexicana. Ganhei uma irmãzona, pr'além daquele sofá, e ganhei uma grande amiga, além de uma vivência inenarrável - por mais que eu tenha tentado!

Back in Brazil, Saint Louis: a capitar do forró! Sozinha primeiro, depois com duas. 

De volta a BH, rapidamente, família. Estados Unidos, meses, sozinha.

São Paulo de novo, agora com três (meninas); depois dois meninos-homens-rapazes, 
sobre quem, há quase exatamente dois anos, falei do nosso namoro sem namorarmos e de como era positivo esse conviver, compartilhar.

Pois então hoje, eis que seja, estamos separados: Eu de todos os meus roomies. Estou sem roomie. E decidi isso pelo meu momento de vida - Me disseram que estou no ano 8, de olhar para mim, de tirar o que não é meu. No tarô, a próxima carta é a do Eremita, "que simboliza o isolamento, restrição, afastamento (...) e também o 'se autoconhecer'*".

Independentemente disso tudo, até porque não os consultei para tomar este passo, apenas ouvi meu coração, neste dia dos namorados, eu gostaria mais uma vez de agradecê-los por todo este tempo juntos; por serem meus namorados que não namorei, meus amantes da NETEletropaulo e "contas do Condomínio". Por terem sido parceiros da geladeira, cúmplices da diarista, meio-irmãos. Por terem sido, (algumas vezes) inimigos do lixinho do banheiro, da cozinha e da louça; por terem este gosto musical (in)discutível - né?; por rirem da minha tara por novelas e por serem críticos quanto a isso, sem deixar de me respeitar e entendendo quando eu trocava algum programa social porque estava com muitos capítulos (de Império, principalmente), atrasados.

Na semana passada, enquanto eu separava as "minhas coisas", eu me sentia estranha; embora feliz. Parecia que ia fazer uma viagem, mas sempre que pensava em "isso pode ficar", eu mudava de ideia, porque eu não ia voltar pra'li; daquela forma.

Meus amores, a vocês, que compartilharam e viveram da minha alegria e tristeza, saúde e doença, dos quais o que a vida une, o homem não separa; que sigamos nossos caminhos, olhando sempre para o retrovisor, no entendimento de onde viemos, para o que somos.

Obrigada por me amarem nas minhas crises dos porquês infinitos. Das decepções, frustrações e dificuldade de assimilar as manobras da vida. Nas irritações com ou sem TPM

Obrigada pelas rezas em conjunto, por acreditarem que eu poderia ser melhor que aquilo - e vocês também. 

Obrigada por segurarem mais do que a peteca, mas toda essa vida compartilhada, diariamente - gente, vocês nunca me impediram de usar meu pijama de flanela, por mais ridículo que ele pareça!(só parece, não é :D).

Enfim, obrigada por me amarem no meu pior. Porque no meu melhor é fácil.

Open House soon! Vou fazer a velha e boa listinha - e não me venham com panos de prato! <3.

*Wikipedia.

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*Não adesão à nova regra gramatical.