É notório e registrado, pelos meus textos, que eu adoro pessoas simples. Elas ensinam facilmente sobre felicidade, superação, graça e leveza. Sobre o nosso papel em servir e apoiar o próximo. Gosto muito de interagir com estas pessoas. Mas aqui em São Luís, na repetitiva vida "casa"-trabalho-"casa/academia", nunca me encontrei com a moça que faz a limpeza e, na verdade, não sei se é uma ou se são várias que se revezam. Nome e cor do olho então? Não faço idéia. Ainda, com minhas idas e vindas semanais, para BH, São Paulo, interior do Maranhão, Pará ou onde quer que seja, menos ainda. Fico pensando o que é que elas devem pensar: raras as vezes o quarto precisa ser arrumado e raríssimas vezes há resquícios de que me alimentei por ali: guloseimas na geladeira então, nem pensar! - as últimas duas vezes que tentei, com o calor daqui, as coisas se perderam rapidamente e o destino foi o lixo, dolorosamente.
E aí, um dia, à noite, cheguei em casa e encontrei este bilhete* em cima de uma mesinha, na cozinha, que me fez lembrar muito de um episódio que vivi na Líbia:
*Tiro foto de quase tudo mesmo. A fotografia é um momento para se por em uma página. E "os fotógrafos tentam contar histórias de um jeito provocativo e imediato".
Considerações simples como esta e como as da "moça Líbia" de fato me encantam e me mantêm crente na espécie humana, por mais difícil que isto nos pareça: Boa Páscoa às Francinalvas e às moças e moços que tentam ser melhores naquilo que fazem. Para si e para os outros!