"Costumes são atos condicionados". Gudrun Burkhard
Eu já estava pensando em passar um fim de semana em BH, mas a força louca veio às 18h da sexta-feira que antecedia um happy hour legal. Eu não estava no clima, nem engajada 100%, embora estivesse super afim de encontrar a pessoa convidada para compartilhar d'algumas cervejas e doritos com a gente. Em 17 minutos saí do escritório e cheguei em casa. Em 13 me troquei e arrumei minha mala. Em 40 estava num guichê da Rodoviária do Tietê, comprando no crédito a última vaga disponível: poltrona 10, plataforma 10, "esteja lá em 10 minutos, de preferência". No meio do caminho para as escadas rolantes, parei numa lanchonete, tirei uma nota de 10 reais, pedi 1 salgado e 1 água:
- Deu R$8,10, moça.
- 'Tá aqui. Aliás, tenho 10 centavos para facilitar o troco.
O atendente grita o colega:
- ôo Fulano! Me ajuda aqui na conta! Não sei se devolvo para ela 3 reais!?...
Sem que eu possa descrever agora quais eram minhas feições, fiquei calada esperando ver a ajuda do amigo. Eles coçaram a cabeça, olharam um para o outro. Ficaram mexendo na nota de 10 que eu dei, repetindo "mas ela me deu 10 centavos também!".
"Aah é!", o outro repetiu.
Por fim, não aguentei e disse:
- Você me devolve 2 reais, moço. R$10,10 menos R$8,10 é igual a 2.
- Hmmm.
Acho que não entenderam. Nem eu, quase. Só lá embaixo me toquei do quão caro foi aquilo!
Fichas caídas a parte, foi uma das melhores idéias que tive nos últimos tempos: ir para a rodoviária e ver se dava. Deu, sempre dá: nota 10, checked!
"(...) Tudo depende só de mim". Charles Chaplin
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