Assim que cheguei em Paris e caminhei para pegar o metrô com a Mila, ela disse: "Babi, preciso te ensinar uma coisa muito importante: para entrar ou sair dos vagões do metrô, empurra a galera e diga 'pardon' " - ahaha, é indelicado, mas é verdadeiro! Após quatro dias por lá, ter aprendido a me comportar dessa maneira, me permitiu tomar menos socos e ponta-pés nos entra-e-sai das estações e, ainda, me preparou para a viagem de trem Paris-Amsterdã.
Já em Amsterdã, vale ir ao museu da Heineken, porque é como você gostar de vinhos e poder visitar uma vinícola na Argentina, Chile, Itália, França ou afins. E eu adoro cerveja! Sempre gostei de Heineken e é uma das marcas que me interesso em saber mais, afinal, diferentemente do Brasil, as cervejas Européias que têm abrangência mais global, como esta e a Becks (InBev), trazem uma perspicácia no posicionamento, a começar pelo investimento. E o museu é assim. Do rústico ao moderno, do familiar ao corporativo. Traz uma simulação super interativa sobre o processo de fermentação da cevada. Didático e atrativo: uma real experimentação de marca, para quem gosta, é uma aula e tanto!
Mas Amsterdã foi ainda a continuação de encontros importantes para mim neste momento de vida: saí de Paris após ser recebida pela Mila. A Milinha é de Porto Alegre, tchê, e morou comigo em São Paulo. A Lora, holandesa que me recebeu na cidade das casas-barco, foi para São Paulo e também morou conosco. Uma irmã. Amiga engraçada, profissional stressada - mais do que eu, acredite, existe! - e uma européia que tem América Latina na veia e Brasil no brilho dos olhos. Vai fazer diferença por aí também.
Juntando esta seqüência de relembrar o ano de 2007-2008, o que fazíamos, o que vivemos e onde estávamos - eu na Líbia, Milinha em Paris e Lora em Amsterdã - me veio de encontro, ainda, a Lieske. A Lieske também é holandesa, mas essa é só holandesa; de mente, corpo, coração e espírito. E trabalhou comigo em São Paulo, por um mês, em um Projeto específico. Depois, ela percorreu o Brasil de uma forma que pouquíssimo, para não dizer nenhum, brasileiro deve ter feito.
Tomando uma Heineken, conversamos sobre as impressões dela e de uma certeza de que nos visitaria por lá um dia, mas não moraria: "me sinto insegura o tempo todo, sempre acho que algo de ruim pode acontecer. É visível que 'sou gringa' ".
Chato isso de que me sinto segura nestes outros lugares e minha base talvez não passe o mesmo conforto para pessoas importantes para mim. Naquele momento, gostei muito de viver novas perspectivas e de saber de coisas a mim muito comuns, sob outros olhares, sentidos e imagens. Tenho outro Brasil em mente. Ao final do dia, fomos ao Museu Van Gogh, muito bonito e, sendo Van Gogh, são pinturas que trazem uma leitura diferente. A exposição era "The Colours of Night" e, de novo, cheio e com crianças e pessoas interessadas.
Depois, andei de bicicleta pelos canais, pelos canteiros de tulipas, pelos cafés, por toda aquela gente - a Holanda tem mais bicicleta do que pessoas - e... pof: bati em um careca!, haha, o maluco me xingou de tudo quanto é nome, eu acho, e só me restava dizer "Pardon", mas não foi o suficiente. Só depois de uns três minutos foi que a Lora, lá na frente, olhou para trás e me viu "agarrada" no pneu traseiro do careca e começou a rir. Aí eu gritei: "Lora, onde é o freio?". Ela "No pé, Babi, no pé: pedala para trás que freia", hahahaha. OK, não aconteceu nada com a bicicleta emprestadada vizinha, já a do careca... hahaha.
Amsterdã é isso, mas só vale se for para andar de bicicleta e, se for dirigir, não beba!
"Os barcos estão seguros se permanecem nos portos. Mas não foram feitos para isso". Fernando Pessoa
sábado, 30 de maio de 2009
Há sempre algo mais em volta de uma cerveja
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*Não adesão à nova regra gramatical.
2 comentários:
hahahahahaha "pedala pra trás" :)
Aproveita!!!!
Bjs!
hihihihi... ficou marca de pneu na careca do cara???
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