Decidir [Deliberar, determinar(-se), resolver(-se) (...). 4 Explicar, resolver (...) 7 Inclinar-se a favor de ou contra: Decida-se por uma ou pela outra].
Michaelis
Primeiro seríamos dois. Depois éramos 11. No fim das contas, virou uma continha; e foram cinco. Eu não fui e iríamos para o deserto: diferente e inesquecível, se não fosse o desencontro e o desânimo, quase que uma preguiça, em seguir com o combinado - entre otras cositas más.
A mala estava pronta, o cobertor separado, moleton e luvas e a coragem de encarar o frio. Que nada! Olhei bem para tudo aquilo em cima da cama, fiz alguns telefonemas, outros haviam desistido. Fiquei naquele vou-não-vou tipicamente libriano e só não liguei para minha mãe porque seria três horas da manhã no Brasil: mas considerei bem a idéia =)
Pensei no caminho-aventura a ser percorrido, nas pessoas, na situação e posterguei fotografar o oásis.
Peguei a mochila do dia-a-dia, coloquei roupa e tênis da academia e decidi, então, que aquela seria uma quinta-feira normal, para que a sexta fosse também; como tanto tenho esperado desde que cheguei de férias: preciso me dar ao luxo do nada.
Mas o nada não tem me pertencido. Ainda na esteira, a rommie liga dizendo que algo ia rolar. Fiquei no lenga-lenga do sim ou não. Cinco minutos depois, outro telefonema e outro convite. Este, inegável, porque era a continuação da despedida da semana anterior - sabe como é uma reunião de Brasileiros: qualquer desculpa vira oportunidade!
E assim, seguimos. O melhor foi ter uma daquelas conversas que adoro! Conheci uma pessoa, deve ter lá seus 50 anos, bem vivido, paulista-libanês. Falava do porquê, nesta "altura da vida", de ter decidido vir trabalhar na Líbia e que se interessava pelo pioneirismo que, em grande maioria, é mais instigante aos jovens descompromissados socialmente. Falamos de assuntos que há muito não abordo e não leio sobre: ser cidadão do mundo!
Curioso como em poucos minutos eu me permiti me lembrar de alguns fatores que desencadearam minha vinda e minha permanência e que quando absorvemos o ganho da vivência na diversidade e oposição; que não é preciso concordar, mas respeitar para saber conviver; que me abro para desafiar meus valores e a base da minha formação, me permito entender que o que eu questiono são minhas referências e que é preciso estar aberta para entendê-las.
4 comentários:
Um presente pra vc querida.
Saber Viver
Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura... Enquanto durar
Cora Coralina
"Algo que há muito tempo não leio sobre: ser cidadãos do mundo"!
Na prática é isso que temos feito né...seja na Líbia ou na Costa Rica, nos jogamos na oportunidade e nela estamos tentando perceber o futuro! E em breve falaremos sobre isso hein :) Bjs fofa!
Querida,
quem abraça o mundo escreve coisas lindas assim...a alma irrequieta não te imobiliza.
beijos,
Dani, valeu por mais esta! Registrado para inspirações breves =)
Fofo, vamos seguindo, para nos encontrarmos bem lá na frente ;)
Dani, welcome! :)
Postar um comentário