"Torna-te quem tu és", Nietzsche.
Há quase 10 anos, o consultor de empresas Julio Lobos lançava o livro "Mulheres que Abrem Passagem", do qual gosto muito, inclusive.
Me lembrei dele quando conversava com uma das contribuintes ao texto por telefone, 'dias'destes. Entre uma partilha e outra de acontecimentos, voltamos ao assunto e falamos no tal "papel da mulher".
Eu acho que não cheguei a conclusão nenhuma, mas tenho a percepção de que o mundo vai se voltar para a maternidade, pois é para o porto que nos viramos, quando estamos em caos. Para o seguro que se emboca.
Nestes pensamentos, me lembrei também que havia escrito sobre a falsa fragilidade das mulheres e o quão claro isso havia ficado para mim, assim que cheguei na Líbia. Não acho que aquela visão minha tenha deixado de existir, mas do lado deste ocidente executivo, em que me permiti conviver nos últimos 12 meses, não tenho visto muitas mulheres assim. Aliás, muitas mulheres tenho visto, em todas as funções, pensamentos e anseios. Mas muito poucas, proprocionalmente, naquele contexto maternal, cuidadoso e tranqüilo.
Neste mesmo período de reflexões, durante a leitura do recém-lançado "Feliz por Nada", da Martha Medeiros, ela também pincela o assunto com o texto "Mulheres na Pressão". Dentre outras coisas, ela aborda a competitividade que as mulheres se impuseram para com os homens e as possíveis consequências da perda da "feminilidade", inclusive uma "razão" pelo atual distanciamento que tem sido percebido do conceito de "casamento" ou qualquer outra instituicionalização do relacionamento (duradouro).
Conclusões à parte, acho que passamos a competir sim de uma forma que perdemos o espírito esportivo em algumas ocasiões; nos deixando de ser o que verdadeiramente somos para nos armar, sem desarmar o próximo e travamos uma batalha em que o stress aglomera em todos os níveis de afinidade e relacionamento, independentemente de idade, tempo, contexto, estado marital.
Se as redes sociais falassem mesmo, talvez haveria um efeito feminista ao contrário, que pedisse menos, sem que este choque significasse necessariamente a volta a um machismo - acho que precisamos (nós, mulheres) confundir menos as coisas e torná-las mais simples e claras e simplesmente viver, menos atordoadas, sob menos pressão, abrindo passagens sem derrubar meio mundo pela frente.
Como se tudo isso não fosse suficiente, a McKinsey esta semana publicou o artigo "A mudança do pensamento corporativo sobre as mulheres". Pergunto: será que mudou mesmo? As corporações mudaram porque as mulheres mudaram ou a mentalidade dos homens mudou ou de tudo isso um pouco?
Ainda sem conclusões - ainda bem, não acho que tenhamos que voltar ao tempo da minha avó também não; ao mesmo tempo, acho que podemos desacelerar o processo de querermos "ser eles" e resgatar o instinto maternal e a cautela - com o mundo, sobretudo.
Há de se começar algo novo, de se resgatar os textos de 10 anos atrás, antes que as passagens abertas nos levem para outro lugar, que jamais imaginaríamos ir. E, principalmente, donde talvez não consigamos voltar.
Há quase 10 anos, o consultor de empresas Julio Lobos lançava o livro "Mulheres que Abrem Passagem", do qual gosto muito, inclusive.
Me lembrei dele quando conversava com uma das contribuintes ao texto por telefone, 'dias'destes. Entre uma partilha e outra de acontecimentos, voltamos ao assunto e falamos no tal "papel da mulher".
Eu acho que não cheguei a conclusão nenhuma, mas tenho a percepção de que o mundo vai se voltar para a maternidade, pois é para o porto que nos viramos, quando estamos em caos. Para o seguro que se emboca.
Nestes pensamentos, me lembrei também que havia escrito sobre a falsa fragilidade das mulheres e o quão claro isso havia ficado para mim, assim que cheguei na Líbia. Não acho que aquela visão minha tenha deixado de existir, mas do lado deste ocidente executivo, em que me permiti conviver nos últimos 12 meses, não tenho visto muitas mulheres assim. Aliás, muitas mulheres tenho visto, em todas as funções, pensamentos e anseios. Mas muito poucas, proprocionalmente, naquele contexto maternal, cuidadoso e tranqüilo.
Neste mesmo período de reflexões, durante a leitura do recém-lançado "Feliz por Nada", da Martha Medeiros, ela também pincela o assunto com o texto "Mulheres na Pressão". Dentre outras coisas, ela aborda a competitividade que as mulheres se impuseram para com os homens e as possíveis consequências da perda da "feminilidade", inclusive uma "razão" pelo atual distanciamento que tem sido percebido do conceito de "casamento" ou qualquer outra instituicionalização do relacionamento (duradouro).
Conclusões à parte, acho que passamos a competir sim de uma forma que perdemos o espírito esportivo em algumas ocasiões; nos deixando de ser o que verdadeiramente somos para nos armar, sem desarmar o próximo e travamos uma batalha em que o stress aglomera em todos os níveis de afinidade e relacionamento, independentemente de idade, tempo, contexto, estado marital.
Se as redes sociais falassem mesmo, talvez haveria um efeito feminista ao contrário, que pedisse menos, sem que este choque significasse necessariamente a volta a um machismo - acho que precisamos (nós, mulheres) confundir menos as coisas e torná-las mais simples e claras e simplesmente viver, menos atordoadas, sob menos pressão, abrindo passagens sem derrubar meio mundo pela frente.
Como se tudo isso não fosse suficiente, a McKinsey esta semana publicou o artigo "A mudança do pensamento corporativo sobre as mulheres". Pergunto: será que mudou mesmo? As corporações mudaram porque as mulheres mudaram ou a mentalidade dos homens mudou ou de tudo isso um pouco?
Ainda sem conclusões - ainda bem, não acho que tenhamos que voltar ao tempo da minha avó também não; ao mesmo tempo, acho que podemos desacelerar o processo de querermos "ser eles" e resgatar o instinto maternal e a cautela - com o mundo, sobretudo.
Há de se começar algo novo, de se resgatar os textos de 10 anos atrás, antes que as passagens abertas nos levem para outro lugar, que jamais imaginaríamos ir. E, principalmente, donde talvez não consigamos voltar.