Leia ouvindo http://www.youtube.com/watch?v=wJdgkyOzWOs&sns=fb
Nas últimas semanas, duas das minhas melhores amigas receberam um pedido, enquanto eu realizava outro. Dar versus receber: eterno dilema de limite e intensidade dentro do que entendemos sobre o "pertencimento". Elas "foram pedidas" em casamento: eu pedi demissão.
Unir versus separar; por que não?
Não sei ao certo o que cada uma delas aceitou a se unir, mas eu me permiti afastar de um tipo de vida que atualmente não corresponde a uma busca: e eu, que sou uma pessoa preenchida por expectativas - altíssimas, inclusive - não tenho nenhuma. Zero. Estou em constante estado de meditação desde o dia em que pedi ruptura de contrato e devolvi a aliança: "nada" na cabeça.
Essas semanas já viraram mais de mês e a separação não virou divórcio - sabe como é; machuca ambas as partes e, mesmo não havendo filhos, há viagens, porta-retratos, contas a dividir - matemática não é meu forte - mas nada litigioso: somos bem civilizados, Amém!
Conversei com muitas pessoas - para variar - de tudo quanto foi meio, maturidade, casadas, solteiras, divorciadas, viúvas, aposentadas, idosas e a grande maioria se espantou quando disse que pedi tempo do estilo de vida e não do trabalho, das pessoas, da empresa, da atividade meio ou lugar. E algumas delas me provocaram em reler textos meus, de tempo recente: nem tão grata, mas surpresa, fiquei ao ter certeza de que estava no caminho que falei que sempre gostaria de ir e estou dando passos para trás, desacelerando a realização "disso tudo".
Achei ótimo que a formação social hoje nos permite desconectar daquilo que estivemos conectadas "sempre": Da mesma forma que uma católica se converte ao islamismo, um roqueiro vira pagodeiro, um senhor casado com filhos se revela homossexual, uma dona-de-casa se revela uma senhora empreendedora, uma professora se revela uma péssima influência política, eu pude desdizer o que disse e que, está escrito!, não necessariamente infringiria meus valores - era só mais uma decisão que pode ser refeita, logo ali adiante.
No apanhado das conversas, músicas, leituras, releituras e pesquisas, acho que este passo vai ser um pouco além do que pensado do princípio.
Para ser ainda mais brilhante isto tudo, revi, sem programar, (o Filme) Comer, Rezar, Amar e resolvi repassar o que escrevi, quando li o Livro a primeira vez: o ciclo está voltando para o mesmo ponto de interrogação, mas de uma forma mais madura.
No fim das contas, e agradeço imensamente o apoio do meu ex-compromisso (leia-se relacionamento com várias pessoas - ah sim! não praticava a monogamia), é tempo de semear!
"A colheita é comum, mas o capinar é sozinho", [João] Guimarães Rosa.
4 comentários:
"Você é o que é, uma imperfeita bem-intencionada e que muda de opinião sem a menor culpa. Ser feliz por nada talvez seja isso."
Eu digo SIM amiga. Pode contar comigo... viradas loucas de rumo são o meu forte. De independente nadadora profissional a noiva decoradora de natal, passando por advogada, auditora, financeira de multinacional e marketeira/comercial de e-commerce... já mudei de busca "sem a menor culpa" um milhão de vezes. Nessas horas descobrimos que o mundo é nosso...de todas as formas. E quer saber? Chega de e autoconhecer! Bora viver! bjo grande
Página virada,caneta na mão, livro em branco a sua frente... Ao seu lado, tenho certeza, somos muitos! Não importa a direção dos ventos, o ajuste da vela é SEU! Siga em frente minha amiga, porque como você mesma diz: "Caminhando você voa!"
Sinceramente, voce consegue surpreender. De todas as formas. Durante a leitura do seu texto - e atendendo ao seu pedido, é claro - viajei legal, Ms Balbala. Me encontrei em várias frases - e até paragrafos inteiros. Em resumo, não estou vendo a sua decisão como uma mudança de rumo, mas apenas uma continuidade em sua missão: A de ser feliz, sem receios ou se prender a valores medíocres. Afinal, "os barcos não foram feitos para estarem ancorados". Go ahead, but dont forget me. Bjao, Miss.
Mudar é sempre bom..qdo é pra melhor...sucesso pra vc.
bjinsss
Postar um comentário