Abraço: Ato de abraçar. Abraçar: 1 Apertar(-se), cingir(-se) com os braços (...); 3. Admitir, adotar, seguir; 4 Juntar(-se), unir(-se) (...); 7 Admitir sem repugnância, receber bem.
Michaelis
Esta semana eu fui até o Aeroporto receber uma pessoa e tive a oportunidade de observar as partidas e chegadas daqui. Esta foi a terceira vez que lá estive: quando cheguei e perdi as malas e então minha mente focava na solução em meio ao caos, onde ninguém falava inglês: ninguém; quando o Felipe foi embora - triste e árduo dia que ainda me deixa sentir estranha, tanto, que me deu "irca" quando lembrei da chegada do passaporte dele com autorização de saída, na mistura do pessoal da British Airlines permitindo que o vôo atrasasse até que ele embarcasse. Ufa!, assim, tudo às pressas, tenso e sem fôlego.
Mas, desta vez, os ânimos estavam ótimos e a energia positiva porque esperávamos empolgadíssimas o passageiro: namorado da Paula - capítulo à parte para ela um dia, porque, vejam, ela não é mais "minha chefe e/ou mora comigo": Ela ganhou um nome e ser identificada diz algo mais - Tcharaaaaaaam!
Bom, tínhamos tempo até ele desembarcar de fato e foi quando reparei - sim, no cheiro também, azedo como sempre, numa mistura de cafés, cigarros e suor - que o Aeroporto é um ponto de encontro de muito homem: mui-to! A maioria deles com roupas típicas, usuando "vestidos & boinas", muitos de barbas, bem aquilo que a gente vê em filme ou observa em fotografias de caderno "Internacional" de Jornal Impresso.
De repente, na abertura manual do portão de desembarque, coordenada por dois guardas bem alinhados, de uniforme e bigode, um grupo de cinco mulheres surge. Do lado de cá da grade, de onde esperávamos, outras tantas. E copiosamente choravam, numa delicadeza absurda. Não ouvi som de soluços, nem gritos. Tudo muito contido e as mãos, algumas cobertas por luvas pretas, a enxugar as lágrimas.
Ao se cumprimentarem davam longos beijos no rosto umas das outras - e eram quatro, dois em cada face. Nunca vi algo parecido. Os homens, que as acompanhavam, deram dois beijos nos respectivos amigos/irmãos - o que seja! - mas foi uma demonstração de, de não sei o quê - pausa para: "se meus olhos tirassem fotos".
Assim, partiram juntas, em meio às malas e a saliência das crianças. Acho que chegavam da Arábia Saudita - pelas roupas, afinal, lá eles são muito mais rígidos e restritos. As mulheres são em grande maioria analfabetas, proibidas de terem acesso à educação. Pouquíssimas podem ler livro - e em casa.
Mesmo não sabendo de onde vinham, foi bom estar do lado de cá da grade, feliz, empolgada e em uma situação contrária às outras duas.
Já-já sou eu quem vou encontrar outras pessoas e, se der vontade, vou mais é gritar, chorar, rir, fazer tudo ao mesmo tempo, cantaaar - lalalaaaa - e deixar todo mundo ver a boa razão de se deixar algo para trás em virtude de se querer algo mais para frente, independente do lado da grade, de quem espera, chega, ou vai.
Michaelis
Esta semana eu fui até o Aeroporto receber uma pessoa e tive a oportunidade de observar as partidas e chegadas daqui. Esta foi a terceira vez que lá estive: quando cheguei e perdi as malas e então minha mente focava na solução em meio ao caos, onde ninguém falava inglês: ninguém; quando o Felipe foi embora - triste e árduo dia que ainda me deixa sentir estranha, tanto, que me deu "irca" quando lembrei da chegada do passaporte dele com autorização de saída, na mistura do pessoal da British Airlines permitindo que o vôo atrasasse até que ele embarcasse. Ufa!, assim, tudo às pressas, tenso e sem fôlego.
Mas, desta vez, os ânimos estavam ótimos e a energia positiva porque esperávamos empolgadíssimas o passageiro: namorado da Paula - capítulo à parte para ela um dia, porque, vejam, ela não é mais "minha chefe e/ou mora comigo": Ela ganhou um nome e ser identificada diz algo mais - Tcharaaaaaaam!
Bom, tínhamos tempo até ele desembarcar de fato e foi quando reparei - sim, no cheiro também, azedo como sempre, numa mistura de cafés, cigarros e suor - que o Aeroporto é um ponto de encontro de muito homem: mui-to! A maioria deles com roupas típicas, usuando "vestidos & boinas", muitos de barbas, bem aquilo que a gente vê em filme ou observa em fotografias de caderno "Internacional" de Jornal Impresso.
De repente, na abertura manual do portão de desembarque, coordenada por dois guardas bem alinhados, de uniforme e bigode, um grupo de cinco mulheres surge. Do lado de cá da grade, de onde esperávamos, outras tantas. E copiosamente choravam, numa delicadeza absurda. Não ouvi som de soluços, nem gritos. Tudo muito contido e as mãos, algumas cobertas por luvas pretas, a enxugar as lágrimas.
Ao se cumprimentarem davam longos beijos no rosto umas das outras - e eram quatro, dois em cada face. Nunca vi algo parecido. Os homens, que as acompanhavam, deram dois beijos nos respectivos amigos/irmãos - o que seja! - mas foi uma demonstração de, de não sei o quê - pausa para: "se meus olhos tirassem fotos".
Assim, partiram juntas, em meio às malas e a saliência das crianças. Acho que chegavam da Arábia Saudita - pelas roupas, afinal, lá eles são muito mais rígidos e restritos. As mulheres são em grande maioria analfabetas, proibidas de terem acesso à educação. Pouquíssimas podem ler livro - e em casa.
Mesmo não sabendo de onde vinham, foi bom estar do lado de cá da grade, feliz, empolgada e em uma situação contrária às outras duas.
Já-já sou eu quem vou encontrar outras pessoas e, se der vontade, vou mais é gritar, chorar, rir, fazer tudo ao mesmo tempo, cantaaar - lalalaaaa - e deixar todo mundo ver a boa razão de se deixar algo para trás em virtude de se querer algo mais para frente, independente do lado da grade, de quem espera, chega, ou vai.
2 comentários:
eeeeeeeeee
eu vou gritar ..lalalalalala
a Babi ta chegandooooooooo :D
agora sou eu que queria te dar um abaracao... mas vc esta tao longe!!! rsrsrsrsr
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