Quando eu vi o filme Efeito Borboleta pela primeira vez, não gostei. Não entendi a lógica. Por ali, eu já estava na Faculdade, mas só fui entender a mensagem e acreditar que fazia sentido e era verdadeiro, depois que decidi sair da empresa do meu pai, para seguir um caminho desconhecido, meu, que eu traçaria conforme caminhasse.
Pensei sim - e ainda penso às vezes - no "e se tivesse continuado na Empresa do meu pai?": mas o "se" logo se desfaz.
Nada do que eu pensava para mim, naquela época, aconteceu. Talvez eu tenha colhido algumas coisas, como ter conhecido vários países e diferentes pessoas, mas a forma que isto me encontrou foi de um efeito proporcionado pelo "acaso" e que, então, me fez adorar este filme e, por conseguinte, a Teoria do Caos.
Hoje, sei e entendo que as coisas farão sentido um dia. Pode ser que leve um, dois, dez anos; mas os pontos se conectam e as pessoas se encontram; desencontrando-se de outras.
Esta minha última semana na Líbia foi leve e boa. Não muito diferente do cotidiano, exceto pela Copa. Na verdade, pelo Jogo do Brasil.
A transmissão aqui só pode ser adquirida a partir do canal Al-Jazeera que é a cabo, mas é de outro satélite, diferente do que temos a Globo Internacional.
Assim, alguns se juntaram na casa de uns expatriados, verde-amarelo, balões, bandeira. Chips e nuts! Tudo pronto! Fui direto da academia. Estava de azul e preto, não me lembrei, ué!
Pegamos carne em casa para assar no pós-jogo. Levei minhas cervejas sem álcool que, se não bebesse naquele momento, apodreceriam na geladeira, porque minhas roomies gostam é de leite: eu já desmamei faz algum tempo!
Com a ótima transmissão, não vimos o primeiro gol, só ouvimos o Go-Go-Go-Gooooooool e começamos a gritar e nos abraçar!: incrível que até quando o momento poderia ser ótimo, dá raiva. Passou.
Dos 90 e poucos minutos, talvez tenhamos assistido 20, mas o segundo gol conseguimos e o da Corea do Norte também.
Há quem diga que fizeram isto de propósito - sabotagem, mas acredito mesmo que foi o vento: uma tempestade de areia ameaçava chegar desde o amanhecer do dia e se fez presente, fortemente, entre o intervalo do primeiro e o segundo tempo.
Mesmo ficando embaixo da tenda armada no Jardim para me proteger do efeito natural, aproveitei para prender o cabelo e reunir de uma vez só toda aquela areia que, quem sabe, serviria como um nutriente e passava fortemente a mão no meu rosto, para aproveitar o esfoliante natural.
Meus olhos ficaram expostos mesmo e nada de positivo pude tentar tirar daquele momento: era muita areia e muito vento, enquanto o Brasil jogava pela Copa!
Tipicamente assim, com o que vivi no contexto Líbio, fecho este ciclo, com muito aprendizado e certa de que várias sensações, principalmente as sentidas sozinhas, mesmo quando fisicamente em volta de outras pessoas, venham acrescentar em um outro momento e espaço.
Mesmo sabendo que para muitos esta decisão é o princípio de um erro e/ou de um desacerto, prefiro acreditar no Efeito sob uma outra forma, mais atemporal, que não foi definida por nenhuma teoria ou caos, mas pela experimentação prática, real e natural da vida:
"Justo quando a lagarta pensou que o mundo tinha acabado, ela virou uma linda borboleta", Lamartine*.
Darei notícias do Brasil!
Nada do que eu pensava para mim, naquela época, aconteceu. Talvez eu tenha colhido algumas coisas, como ter conhecido vários países e diferentes pessoas, mas a forma que isto me encontrou foi de um efeito proporcionado pelo "acaso" e que, então, me fez adorar este filme e, por conseguinte, a Teoria do Caos.
Hoje, sei e entendo que as coisas farão sentido um dia. Pode ser que leve um, dois, dez anos; mas os pontos se conectam e as pessoas se encontram; desencontrando-se de outras.
Esta minha última semana na Líbia foi leve e boa. Não muito diferente do cotidiano, exceto pela Copa. Na verdade, pelo Jogo do Brasil.
A transmissão aqui só pode ser adquirida a partir do canal Al-Jazeera que é a cabo, mas é de outro satélite, diferente do que temos a Globo Internacional.
Assim, alguns se juntaram na casa de uns expatriados, verde-amarelo, balões, bandeira. Chips e nuts! Tudo pronto! Fui direto da academia. Estava de azul e preto, não me lembrei, ué!
Pegamos carne em casa para assar no pós-jogo. Levei minhas cervejas sem álcool que, se não bebesse naquele momento, apodreceriam na geladeira, porque minhas roomies gostam é de leite: eu já desmamei faz algum tempo!
Com a ótima transmissão, não vimos o primeiro gol, só ouvimos o Go-Go-Go-Gooooooool e começamos a gritar e nos abraçar!: incrível que até quando o momento poderia ser ótimo, dá raiva. Passou.
Dos 90 e poucos minutos, talvez tenhamos assistido 20, mas o segundo gol conseguimos e o da Corea do Norte também.
Há quem diga que fizeram isto de propósito - sabotagem, mas acredito mesmo que foi o vento: uma tempestade de areia ameaçava chegar desde o amanhecer do dia e se fez presente, fortemente, entre o intervalo do primeiro e o segundo tempo.
Mesmo ficando embaixo da tenda armada no Jardim para me proteger do efeito natural, aproveitei para prender o cabelo e reunir de uma vez só toda aquela areia que, quem sabe, serviria como um nutriente e passava fortemente a mão no meu rosto, para aproveitar o esfoliante natural.
Meus olhos ficaram expostos mesmo e nada de positivo pude tentar tirar daquele momento: era muita areia e muito vento, enquanto o Brasil jogava pela Copa!
Tipicamente assim, com o que vivi no contexto Líbio, fecho este ciclo, com muito aprendizado e certa de que várias sensações, principalmente as sentidas sozinhas, mesmo quando fisicamente em volta de outras pessoas, venham acrescentar em um outro momento e espaço.
Mesmo sabendo que para muitos esta decisão é o princípio de um erro e/ou de um desacerto, prefiro acreditar no Efeito sob uma outra forma, mais atemporal, que não foi definida por nenhuma teoria ou caos, mas pela experimentação prática, real e natural da vida:
"Justo quando a lagarta pensou que o mundo tinha acabado, ela virou uma linda borboleta", Lamartine*.
Darei notícias do Brasil!
*Alphonse Marie Louis de Prat de Lamartine: escritor, poeta e político francês.